Meu marido me perdeu numa aposta

30/11/2019 03:38

Meu marido é daqueles viciados que parece não ter vício. Ele pode passar um ano sem beber e sem jogar, mas se ceder a um, logo cede ao outro. Assim, se beber, joga; se jogar, bebe; sempre compulsivamente. Depois vai passar uma boa temporada se beber, nem jogar. Estamos casados há quatro anos e nos conhecemos faz outros quatro. Nesse tempo, na minha presença, ele cedeu aos seus “vícios” apenas duas vezes. A primeira quando ainda éramos solteiros, larguei ele jogando e fui para casa. A outra foi ontem e deu merda! Sem a minha presença acho que foi umas três vezes, no máximo.

Mas estou aqui para desabafar pelo dia de ontem. Fui usada compulsoriamente, tentei evitar e fui seduzida a ceder pelo bem do casal, mas…

Vamos do início. Festa na família – aniversário de criança - e como sempre são pelo menos dois grupos de familiares o do pai e o da mãe, minha prima. Festa em casa, num privilegiado quintal.

Ele, arquiteto, brincou com a enorme casa cheia de curvas e reentrâncias. Cabem varias famílias lá por dentro. Como não fomos de carro meu marido acabou bebendo. Logo estava em uma das jogando buraco, é assim que começa.

Como não o via por perto fui procurar e encontrei o danado já bem calibrado e ele me fez de talismã e me obrigou a ficar do seu lado. Resolvi ficar por ali para conter suas loucuras. Eram quatro homens. Mudaram o jogo, começaram apostas em dinheiro e em quinze minutos ficaram apenas meu marido e o Marcelo jogando.

Marcelo tem fama de malandro, de cafajeste e de galinha. Nunca teve um namoro um pouco mais sério que fosse. Estava sempre com duas ou três mulheres ao mesmo tempo e elas sempre apaixonadas.

Meu marido estava com um jogo muito bom, mas naquele momento Marcelo apostou tudo que estava sobre a mesa e ele tinha menos de um quarto do valor.

— Sacanagem, você notou que não tinha como me vencer e apelou. Sabe que não tenho como cobrir sua aposta. Aceita um vale?

— Aceitar eu aceito, mas tem que pagar hoje. – Disse Marcelo.

— Cara eu vou ganhar, não vai ter como você me vencer. Você vai sair daqui durinho. – Meu marido é compulsivo, mas o jogo dele estava bom. Trica de ases e um par de valetes.

— O que você vai me dar em garantia? – Marcelo ria desafiador. Ia ganhar só por estar com mais cacife (é isso?).

— O que você quer? Um documento? Minha aliança?

Nessa hora eu pulei:

— Que porra é essa de apostar nossa aliança? Não mesmo!

Marcelo entrou de sola:

— Você tem certeza que vai ganhar coloca a esposa como garantia.

— Porra, você tá de sacanagem, Marcelo?

— Calma Anísio. A proposta é simples. Eu tento fazer ela querer fazer sexo comigo por dez minutos, se ela resistir vocês vão embora e eu pago toda a conta do motel. Ela só tem que resistir por dez minutos.

— Mas se você ganhar me deixa liso e leva essa grana toda.

Até eu estava tentada e, quando ele olhou para mim, ao invés de fazer uma cara bem feia, me peguei balançando o ombro deixando para um bêbado uma decisão que competia exclusivamente a mim dizer um “rotundo não”.

Toda causa gera consequências e lá estava eu, entre dois homens, no banco traseiro de um taxi, calada, conformada, indo para um motel. O que é pior, me sentia uma prostituta imunda sendo cafetizada pelo marido que aceitou a proposta de devolução de todo seu dinheiro se tudo desse certo.

Em resumo, se eu cedesse e aceitasse fazer sexo com o Marcelo, meu querido Anísio receberia um pagamento pela trepada da esposa. Será que ele queria que eu fizesse sexo com outro homem? A coisa que ele mais se orgulhava era encher a boca para os amigos dizendo: “essa eu peguei virgem, antes de qualquer outro”.

Era verdade. Quando começamos a namorar eu era virgem e só tinha tido um namorado antes dele. Qual o problema. Mas quando fizemos sexo pela primeira vez e ele ficou explodindo de alegria eu já não era virgem porra nenhuma.

O canalha me traiu com a minha prima e assim que eu soube fui visitar meu namoradinho, o primeiro, aquele que me amava platonicamente, me respeitava e passei mais de vinte e quatro horas fazendo sexo e ficando toda ardida. Foi demais! Mas sou uma babaca e estava apaixonada pelo Anísio com quem logo depois fiz sexo e em um ano estávamos casados nos conformes, como se dizia na época.

Que merda. Estou com vergonha de contar… lá vai!

Chegamos ao motel e Marcelo se desfez das roupas se apresentando com um corpo sarado, sem barriguinha nem nada. Além do tanquinho ele tinha algo que atraia minha atenção e eu não conseguia desviar o olhar. Para quem só conheceu dois homens, o contato visual com um membro grosso que aos poucos (só de olhar para mim enquanto retribuía tirando a roupa – era o combinado) ganhava dimensões impressionantes, era mesmo para perder o pudor de olhar.

— Anísio, deixa eu quebrar o gelo sem contar tempo.

— Claro, claro!

Filho da puta, do lado de quem o Anísio estava. Eu estava excitada, claro que estava. Estava diante do terceiro homem que eu via sem roupas e ele era simplesmente divino. Além dos dotes físicos ele era atencioso, se mostrava atento e preocupado com as minhas reações.

Agora estava muito próximo de mim, ambos nus, ele me olhava exclusivamente nos olhos. Me segurava apenas no queixo e pelo queixo me puxou para si e alcançou, com os seus, os meus lábios. Foi um beijo acanhado, romântico, uma verdadeira armadilha que foi num crescente para logo ser apaixonado e depois totalmente excitado.

No meio deste exercício de lábios e línguas, sem que eu me desse conta, ele pegou minhas mãos e levou, uma a uma, até seu membro enorme, grosso, rígido e eu precisei das duas para agarrá-lo com força e me vi acariciando aquela novidade.

O sacana, ao fim do beijo, provocou meu marido.

Ele se afastou um pouco de mim, bem enfrente ao meu marido que sentado estava na altura certa para perceber minha aflição com tudo aquilo em minha mão.

— Anísio, como as mãos de sua esposa são gulosas e carinhosas. Sabem acariciar como ninguém. Parabéns. Isso é que é ter uma vadia na cama. Estou te invejando.

Tive que cortar. Tinha que parar com aquilo. Eu estava totalmente envolvida, tomada, desejosa, excitada e pronta para me jogar sobre aquele homem e dominá-lo para que fosse só meu.

Me afastei, lamentando larguei aquele instrumento de prazer e pedi respeito.

— Vai ser agora! Conta o tempo Anísio! Vou fazer sua esposa safada pedir pica!

Ele falou, me empurrou, caí na cama, pernas para o alto com o tombo.

Com facilidade e segurou minhas pernas. Afastou uma da outra com facilidade e, sem que eu esperasse, grudou a boca na minha vagina.

Anísio adora fazer sexo oral. Sempre faz. Mas descobrir que fazer muito não significa saber fazer. Marcelo arrancava reações de meu corpo que eu nem imaginava poder sentir. Ele era uma máquina de acariciar e excitar todas as partes do meu corpo. Acariciou arrancando arrepios do meu couro cabeludo. Enfiou dedos em meus ouvidos e boca. E eu involuntariamente os chupei. Deu surra de tapinhas nos meus seios que estalavam e ao invés de me machucar produziam prazer.

Ele parava de sugar fortemente meu grelinho para passear entre a vulva e o ânus e seus dedos atacavam meu clitóris sensível como nunca.

Eu não ia dar o prazer a ele de me ver gozar em sua boca, não mesmo. Mas era impossível conter meus gemidos, meu arfar e a minha falta de fôlego.

Minha preocupação em fugir da entrega total foi uma armadilha que criei para mim mesma. Eu não parava de evitar o orgasmo e ele aconteceu tão de repente que me vi estremecendo de prazer. Meus movimentos eram involuntários e me dominavam inteira. Eu precisava urgente de penetração e tive a mais inesperada.

Os lábios sugando forte o grelo inchado, a língua chicoteando meu pontinho mais sensível (nunca vi meu grelinho tão grande, tão inchado e tão sensível), meu corpo trepidando e um polegar encosta no meu cuzinho que pulsa, pisca e facilita a entrada de todo o dedo.

Eu babava, arfava e senti dois dedos se introduzindo na minha vagina fazendo aquele orgasmo aumentar sua intensidade e violência. Meu corpo formava um arco. Na cama só minha cabeça. Minhas pernas tentavam abafar e sufocar aquele homem e eu inteira tremia, corcoveava como se estivesse em pleno coito e babava de prazer.

Marcelo provoca Anísio:

— Vem ver de perto! Aprecia esse gozo intenso que você nunca soube provocar! Pergunta a ela, bem no ouvidinho, se ela me quer e você vai ver o corpo dela inteiro se arrepiar respondendo que sim.

— Essa mulher é uma puta, uma vadia, uma safada. Como goza assim com outro homem na frente do seu marido? – A voz arrastada da impregnação da bebida.

Olhando para ele, num breve instante de sanidade, percebi ele se masturbando, com a pica babando, quase dura. Ele estava gostando de me ver ali, rendida, entregue, gozando com outro homem que cortou a manifestação de Anísio passando a falar em sussurros ao meu ouvido.

— Você é sim uma puta, mas é a minha puta. Você também é vadia, uma vadia que eu revelei para você mesma. Você só pode ser safada, gosta de sexto, gosta do prazer, só ainda não conhecia.

E veio o ultimato…

Quer gozar, explodir neste orgasmo que não cessa e te amofina de desejo? Pede ao Anísio para ele deixar você fazer sexo comigo. Pede a ele para deixar você ser minha putinha, minha vadia. Pede para ele para deixar você realizar o sonho de ser safada.

Ele sugeria sussurrando e eu repetia, realizada, vingada, aos gritos de prazer, meus olhos viravam, eu não conseguia ver meu marido, mas ele via minha entrega, minha paixão, o ardor do meu corpo ansiando por sexo.

Anísio bobeou e falou a palavra mágica:

— Fodam-se!

Marcelo, fingindo indignação:

— O que você disse?

— Fodam-se! – Aluísio repetiu como que vingado.

Naquele instante eu fui para o universo, fiquei enorme, fiquei mínima, perdi a noção e a consciência sentindo-me invadida, preenchida, arregaçada, arranhada, arrombada. Meu corpo retribuía estremecendo, contraindo tomo meu âmago. Eu estava chupando com a vagina aquela piroca medonha e deliciosa para dentro de mim em explosões inexplicáveis de prazer.

Vi meu marido rir debochado. Ouvi ele implorar para pararmos. Vi ele chorar como criança. A cama era pequena para nós dois. Saímos fazendo sexto em todos os cantos e recantos.

Marcelo me ergueu, pôs minhas pernas em seu ombro, me penetrou segurando minha bundinha e dançamos, ele pulava, me afastava e puxava fortemente de volta me enfiando mais e mais aquela tora.

Ele me avisou que ia gozar, me levou para junto do meu marido. Me colocou no colo de Anísio e disse a ele que estava tendo sua melhor ejaculação. Foi saindo devagar e ainda sobraram dois jatos para se esparramar na minha vulva. Indescritível meu prazer de gozar com meu macho no colo do meu marido enquanto recebia seus jatos dentro e fora de mim.

Quando ele se ergueu chupei aquela pica fazendo ele ter espasmos bem diante dos olhos do meu marido que não conseguiu desviar o olhar.

Marcelo então comunicou:

— Se quiser te dou seu dinheiro para você poder ir embora. Mas se quiser pode limpara ela com a sua língua ante de irmos para o banho. Eu e ela só vamos sair daqui na noite deste domingo. Você pode ficar e assistir ela gozar muito. Vou ensinar a ela a fazer sexo anal, sexo oral, ter orgasmo apenas com carícias, ela tem muito a aprender, viu como o corpo dela tremulava de prazer. Você foi um macho de merda e nunca fodeu com sua esposa.

Não é que Anísio sentou no chão e passou a lamber a porra do meu macho!

Ele já foi trabalhar. Não falamos sobre nada. Mas não sei se vou continuar casada embora saiba que Marcelo é um galinha que logo vai me deixar esperando ele ter saudades.

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Borges C. (Toca de Lobo)
O Contador de Contos